Como dia 12 deste mês é o dia das crianças, que tal falarmos um pouquinho sobre elas? Com a prática clínica percebi que muitos responsáveis se vêem “perdidos” quando recebem um feedback negativo da escola, como por exemplo que seu filho está agressivo…
É um momento difícil quando a escola informa que a criança bateu (ou mordeu, no caso de crianças menores), assim como também é difícil para o responsável que percebe que a criança apanhou de um colega na escola. O primeiro ponto importante que nós devemos perceber é: se em casa nós corrigimos ou não as crianças com violência. Porque se nós batermos na criança em casa para resolver alguma situação, a tendência é que a criança ~quando tenha alguma dificuldade~ também vá bater. Então a primeira providência é acabar com este comportamento, de utilizar a violência como forma de resolver as situações. Quando os responsáveis começam a utilizar o diálogo, as crianças naturalmente partirão para o diálogo também.
Em paralelo com a rotina da criança, existe uma criança que nasceu egocêntrica e está rumo à percepção de que o outro existe. Por isso que as crianças menores mordem mais, são mais corporais, porque além do egocentrismo elas vivenciam o que Freud chamava de fase oral, ou seja, a satisfação da criança acontece pela boca, e aliado a isso há o desenvolvimento da linguagem, o diálogo ainda não surgiu… Para exemplificar: Se a criança quer um determinado brinquedo que está com um colega, ela pensa “eu ainda sou o centro do mundo então eu quero aquele carrinho, vou lá bato/mordo/empurro o menino, pego meu carrinho e está resolvido.” Esta é a maneira que ela percebe como forma de resolver esse conflito.
Como lidar com isso? O grande desafio é ensinar para essa criança que ainda está extremamente corporal, que esse não é o caminho. Como? primeiro com exercício repetitivo em casa; não deixar passar um tapa forte em casa quando acontece, não deixar passar um empurrão quando acontece… Pontuar todas essas situações e ajudá-lo a traduzir isso em palavras. “Ah você não gostou?! Então me fala que você não gostou e aí a gente vai resolver isso de uma outra maneira.”
É muito importante quando uma criança machuca a outra, que essa criança vá cuidar do amigo, por o gelo, por o band-aid, passar uma pomadinha, que faça um carinho, para que ela perceba o que aconteceu, o que gerou no amigo, e perceber qual foi a consequência daquela ação. E fazer com que ela reflita sobre o que fez e que entenda que há outras maneiras de conseguir o que deseja, e o diálogo é a melhor delas!
As crianças agredidas – Outra coisa importante que a gente precisa pensar é nas crianças q apanham de vez em quando na escola e que podem ficar fragilizadas nesse lugar. Pq muitas vezes quando essa criança que apanhou chega em casa e relata o fato, o responsável exige dessa criança que ela agrida de volta p resolver, mas muitas vezes essa não é a natureza dessa criança… ela não é uma criança q vá bater na outra, tanto é que não bateu.. mas ela tem sim o desafio de saber se colocar.
Então o nosso desafio é oferecer uma possibilidade de defesa para essa criança: ensinar a dizer que não gostou com a voz firme, com o olhar forte, e se for o caso somente se defender mesmo, colocando o braço para impedir o tapa ou a mordida ou então segurar o colega, sair de perto, mas principalmente dizer que não gostou de maneira incisiva.
E se isso não for suficiente, eu posso chamar a minha professora para me ajudar.
A ideia não é utilizar da violência também, afinal, quando eu bato em alguém para me defender, eu fiz a mesma coisa que ele perdendo assim a razão… Então na vdd a gente ta ensinando valores… vc tem defesa! Mas vamos nos defender da maneira correta.
Evitar rótulos – O que a gente não pode, é prender as crianças no rótulo “aquele ali apanha” “aquele ali morde” “aquele ali bate”, quando fazemos isso as crianças ficam presas e impotentes nesse lugar. Todos nos estamos aprendendo!
Por isso, o mais importante a se fazer quando uma criança que apanhou ou foi mordida na escola chega em casa, é procurarmos saber como ela se defendeu e o q ela poderia ter feito e o que ainda pode fazer, mas principalmente que a gente não rotule esse amigo que esta aprendendo a conviver.
Dessa forma, ensinando da maneira correta, tanto aquele que batia quanto aquele q costumava apanhar, vão saindo desse lugar e vão encontrando o diálogo como forma de se comunicar.
Alinhamento família x escola A postura da escola e a postura dos pais precisam estar alinhadas para que a criança perceba esse grande circulo de adultos que estão ali para ajudá-la, e então se sentir segura para continuar a desenvolver sua autonomia, continuar a crescer!
4 comentários
Minha filha têm apanhado do mesmo coleguinha, há mais de uma semana ela reclamou a primeira vez. Pelo que percebi não parou ainda. Fui buscar ela na escola e me deparei com ele, friamente, puxando o cabelo dela. Ela não teve reação alguma, não sei se foi porque me viu. Ms não sei o que fazer, é difícil não rotular, porque parece que ele fica no cantinho do pensamento todos os dias pelo mesmo motivo. Eu falei com a mãe e com a professora, mas a mãe parece usar a palmada pra resolver as coisas, e eu não uso. É muito difícil pegar minha filha na escola e ouvir ela dizendo que o colega bateu nela. Outra coisa que reparei é que ele não sai de perto dela, toda vez que chego ele está grudado nela. Eu disse pra ela ficar longe dele, e se não resolver vou pedir as professoras pra manter os dois afastados.
GOSTE DESSE ARTIGO OBRIGADA,MEU FILHO TEM 2 ANOS E 4 MESES,E NESSE MOMENTO ESTOU PASSANDO POR ISSO,ELE ESTA BATENDO NOS COLEGUINHAS NA ESCOLA,E OS PROFESSORES E DIRETORA ESTÃO RECLAMANDO COMIGO E EU NÃO SEI O QUE FAZER,ESTOU CONVERSANDO MUITO COM ELE EM CASA,MAS ESTOU TRISTE COM ISSO.
Boa tarde.
Meu nome é Wilma moro em Fortaleza ceara tenho 2 filho um e calmo e o outro e muito agitado bati em todos os coleguinha na escola, tou precisando de ajuda.
Boa tarde!
Sou Amanda mãe de Àlex.
Àlex é um menino muito amado pelos pais,avós tios.
Mim absmei hoje por que ele arranhou uma menina no rosto.
É bate nós colega ñ para em sala.
Eles leva os brinquedos ele leva o dele e pega os dos colegas e diz que é dele.
Sinceramente ñ sei mas o que fazer .
Porque ele só tem amor em casa e ele está acrecivo.