Os vinhos de Galvão Bueno: Qualidade e Paixão.

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Quem me conhece sabe o quanto eu aprecio e valorizo vinhos que nascem de uma paixão.

E os vinhos da Bueno Wines assim foram concebidos: a partir do grande amor de Galvão Bueno e de seu desejo de produzir grandes rótulos.

Aliado a todo esse encantamento que o narrador nutre pelos vinhos, a possibilidade de investimento e grandes parcerias tornaram a Bueno Wines sinônimo de qualidade e inovação.

Galvão, que há décadas viaja o mundo cobrindo eventos esportivos, sempre foi um grande apreciador dos vinhos, em especial dos italianos. Iniciou sua produção de vinhos no Sul do Brasil em parceria com a Miolo (da qual hoje é sócio) e em seguida firmou uma parceria com Roberto Cipresso, um dos maiores enólogos italianos e que GB chama carinhosamente de “arquiteto dos vinhos”.

Cipresso – que tive o prazer de conhecer na última semana – além de absolutamente competente, fala com muita paixão e entusiasmo sobre os vinhos, sobre suas pesquisas e, principalmente, sobre a beleza que envolve a produção. Impossível não aprender com ele, que ressaltou que além de produzir vinhos corretos e de tipicidade, tem sempre o objetivo de produzir rótulos que efetivamente emocionem os degustadores.

E é isso que tenho visto na produção da Bueno. Tive a honra de ser uma das primeiras pessoas a degustar os primeiros vinhos de GB (ele, gentilmente, lançou os vinhos em nossa Confraria em Londrina em 2011) e tenho acompanhado a evolução ano a ano.

Aliás, no último ano a linha da Bueno cresceu e ganhou um espumante do qual já falei aqui, o Desirée, uma linda homenagem à esposa do narrador.

Mas hoje vou falar um pouco dos tintos que provamos e suas harmonizações:

O Bueno Paralelo 31 é produzido com uvas da Campanha Gaúcha (merlot, cabernet sauvignon e petit verdot) e foi o primeiro tinto produzido pelo narrador. Era um pouco mais rústico, mas hoje se mostra bem mais macio e elegante. Um vinho que pode acompanhar queijos mais fortes como o gorgonzola. Em nosso jantar foi harmonizado com um cordeiro em redução de balsâmico com musseline de mandioquinha salsa e ficou incrível.

Galvão produz em conjunto com Cipresso em sua propriedade na Toscana dois vinhos: La Valleta, um tinto leve, com excelente acidez (típica da Sangiovese) e, para mim, o melhor custo benefício da vinícola. Foi harmonizado com penne ao ragu de calabresa e mais uma vez me surpreendeu.

O terceiro vinho e estrela da casa é o Bueno Cipresso Brunello di Montalcino. Elaborado com a varietal sangiovese grosso – única permitida para esse vinho – é um vinhaço. De muito corpo, aromas pronunciados e final de tabaco e outras típicas do envelhecimento. Um vinho que pede um prato de tamanha complexidade e sabores. Nossa harmonização foi com carré de javali ao crede de burrata e arroz negro.

A linha da Bueno Wines está a venda em vários pontos do Brasil e pelo site https://buenowines.com.br/.

Além dos vinhos acima vale conhecer o Bueno Cuvée Prestige, um espumante champenoise elegantérrimo e um dos meus favoritos, e o Sauvignon Blanc e Pinot Noir Bella Vista, vinhos mais leves e econômicos mas de grande qualidade.

Até a próxima coluna, Keli Bergamo.