Vinho em caixinha, que na verdade se chama Bag in Box, sempre foi algo visto com olhares duvidosos por aqui, mas chegou a hora de entender melhor sobre eles e dar uma chance.
Esse negócio é tendência/ novidade? Não.
O sistema foi inventado em 1955 por William R. Scholle, sendo que o primeiro uso para vinhos foi patenteado em 1965 pela vinícola Renmark da Austrália, e era chamada de ‘Wine Cask’ (uma bolsa de polietileno com 4,5 litros de capacidade, colocada em caixa de papelão). Dois anos depois, em parceria com a Penfolds, foi patenteada uma tampa plástica hermética ligada à uma bolsa de plástico metalizado. Esse estilo de tampa é usado até hoje e essa tampa fica encaixada na caixa de papelão.
Existe um certo preconceito por aqui, mas na Suécia, 50% do vinho consumido está acondicionado em BIB, na Noruega, 60%.
Razões para dar uma chance ao BIB:
– Boa relação custo qualidade: É possível encontrar bons vinhos nas BIBs a preços mais baixos do que em garrafas.
– As BIBs preservam os vinhos por mais tempo do que as garrafas abertas, já que a torneira e o saco plástico nos vinhos BIB ajudam a prevenir a entrada de oxigênio, mantendo o vinho fresco depois de aberto por várias semanas. Estima-se o tempo médio de conservação após aberto entre 4 e 6 semanas.
– Os vinhos BIBs são ecologicamente mais corretos: Com mais vinho em menos embalagens, as emissões de carbono do transporte são reduzidas significativamente (cada BIB equivale a 4 garrafas).
– Em tempos de isolamento e maior tempo de permanência maior em casa, uma BIB para o dia a dia é uma ótima escolha.
Aliás, nossa colunista Fran Vitorino já super aderiu aos Bibs. Confere o vídeo!!
Atenção: O plástico é permeável em um nível microscópico, o que explica porque os vinhos BIBs ainda tem datas de validade, já que essa porosidade levará a oxidação com o passar do tempo. Compre e tome.
Ao optar pelo BIB, abre-se mão de um pouco do romance e tradicionalismo dos vinhos para um olhar mais econômico e ecológico sobre o produto, o que não faz mal algum.
Ficou curioso? Tem várias empresas que elaboram vinhos e acondicionam neste formato, brasileiras e estrangeiras também. Eu particularmente gosto muito desse branquinho da Miolo.
Até a próxima coluna, Keli Bergamo