Cadeiras são um dos, senão o mais, desenhado de todos os “designs”. Diz a lenda que o assento surgiu 5800 anos A.C., quando finalmente nossos antepassados elevaram o porta-bumbum do nível do chão. Eu tenho fé que que algum outro preguiçoso tenha feito isso antes. Nessa época não havia encosto, braços o que não facilitava sentar com o corpo ereto.
Logicamente as cadeiras foram evoluindo e os egípcios começaram a incorporar peles, algodão e outros materiais para otimizar o conforto. Foram eles também que começaram a pintá-las e deixar o produto esteticamente melhor.
Agora vamos dar um salto no tempo e falar dos ícones e das inovações, gostaria de iniciar com uma das cadeiras mais antigas catalogadas:
A Thonet surgiu em 1859 na Áustria, quando Michel Thonet desenvolveu uma técnica de moldar madeira à vapor. E você nunca imaginou que a cadeira chic-vovó era algo muito simples.
Agora vamos pro século XX por motivos de: É o período que eu mais gosto, especialmente dos 40-70.
Essa cadeira/poltrona meio riponga – que eu adoro – é a Butterfly. Ela é filha de um trisal, o catalão Antoni Bonet e dois argentinos, Juan Kurchan e Jorge Ferrari-Hardov. Em 1938 ela encantou pela leveza da estrutura metálica com o tecido envolvendo. Já em 1941 ela ganhou o prêmio de design do MoMA.
A linha de produtos que contempla a cadeira Bertoia (1952) também faz uso do metal, um material muito explorado na década de50 e saiu da cacholinha de um italiano, Harry Bertoia, um profissional multifacetado que atuou como designer de joias, móveis, escultor, arquiteto e artista gráfico, ele é um dos responsáveis pela mudança na história do mobiliário.
Em 1960 surgiu a Panton, uma das cadeiras icônicas que inovou por ser a primeira cadeira moldada em bloco único, uma das maiores representações da cultura Pop, foi criada pelo dinamarquês Verner Panton.
Já em 1972 Frank Ghery, arquiteto canadense radicado nos Estados Unidos, chegou chutando a porta das noções e fez uma cadeira de papelão. É Genteeee, PA-PE-LÃO! Claro que é um papelão gourmetizado, mais resistente, 60 camadas dele para ser mais exato. E seu desenho é sinuoso e apaixonante.
Não sei vocês mas eu tô com vontade de sentar.
Se gostaram do tema avisem, pois temos cadeiras para uma série praticamente infinita de matérias.
Até logo,
Lelo