Você tem costume de degustar vinhos brancos? Te faço essa pergunta porque no Brasil o consumo de brancos é infinitamente menor do que o de tintos e ainda tem muita gente que torce o nariz pra eles.
Eu sou da turma dos “branqueiros”, não abro mão deles nem mesmo em dias frios e por isso hoje vou falar um pouquinho sobre uma de minhas uvas favoritas dentre as brancas: Sauvignon Blanc.
Ela é o que automaticamente vem à minha cabeça quando penso em brancos: frescor, acidez, citricidade…. Imaginem um dia quente e a vontade de um suco cítrico geladinho… Ahhhhhh! É essa a sensação que a SB (para os íntimos) provoca.
Aliás, por esse seu caráter um pouco diferente do que estamos acostumados nos vinhos (geralmente com aromas mais quentes, madeira, etc) ela é muitas vezes rejeitada pelo grande público e também pelos críticos de vinho.
Há alguns dias li um especialista britânico falando sobre o assunto e pontuando que a SB não é um vinho para esnobes que não a sabem compreendê-la. Isso porque ela não veio ao mundo para ser complicada, seja na vinificação, seja apreciação, seja na harmonização com os pratos.
Enfim: A SB é perfeita para os dias mais quentes, para acompanhar pratos leves, saladas (já espiaram a coluna AE Gourmet de hoje? Tem saladas deliciosas para harmonizar com a Sauvignon Blanc: link AQUI), peixinhos brancos… Ou simplesmente para aquele momento de relax ao final do dia.
Quer uma dica de um vinho elaborado com essa uva e que eu amo? Pulenta VI, 100% Sauvignon Blanc, Argentina: Tem essa cor amarelo palha que já demonstra o quão leve e fresco ele é (SB geralmente não estagiam em madeira). Aromas de lima, limão e um fundinho de ervas… Na boca é deliciosamente refrescante e com boa persistência (o que faz com que ele suporte bem os temperinhos de sua salada).
Se quiser provar outros Sauvignons Blancs de qualidade busquem por chilenos do Valle do Casablanca, neo zelandeses da região de Marlborough e franceses das regiões do Vale do Loire e Bordeaux e deem prioridade às safras mais jovens.
Ah! Reparou na tampinha dele? Ele não foi fechado com rolha de cortiça, mas com tampa de rosca, a chamada screwcap. E esse será o nosso próximo assunto.
Até a próxima coluna, Keli Bergamo.
2 comentários
Também não era fã do branco, mas tenho apreciado e gostado. Ansioso pela reportagem das rolhas, tem muito o que esclarecer para nós.. Parabéns!!
Obrigada, Camilo! Dia 25 estará no ar. Bj!